Para Ele.
O silêncio é o Vazio,
O Escuro, o Nada.
O silêncio é o mar que não agita
em dias de tempestade.
É a luz do farol que não ilumina
em noites de calmaria.
O silêncio é um velho que sorri
num banco de um jardim.
É o barco atracado
a concha quebrada, o búzio partido...
Mas o silêncio é também
a curva fechada do meu rosto,
que ainda treme quando te tenta falar.
É também chegar a casa e já não ver
a tua mala junto à porta.
É também os três pratos em cima da mesa
e uma cadeira vazia.
É todas as fotografias que choro às escondidas e
os dez anos de solidão que me deixaste.
É também a tua bicicleta parada
no canto da nossa adega, agora suja.
É também as vindímas que já não se fazem
e as multidões que já não se recebem.
É também a cor gasta da nossa casa junto a praia.
É o teu chapéu de todos verões ainda no mesmo sítio.
É as tuas réguas e lápis paralizados
em cima da escrevaninha agora abandonada.
É também o teu perfume alterado na cómoda
onde ainda escondo os cigarros que não fumaste.
É todas as viagens que ficaram por fazer,
todas as dúvidas que ficaram por responder,
todos os amigos que ficaram por apresentar,
todas as lágrimas que ficaram por limpar
todos os sorrisos que ficaram por partilhar...
O silêncio...
Oh este silêncio!
Este silêncio de já não ver o brilho dos teus olhos,
de já não sentir os teus passos de mansinhos no corredor,
de já não ouvir a melodia da tua voz...
Essa voz que um dia, rompia todos os silêncios,
e todos os dias me dava os Bons-Dias.
Ah este silêncio! Este silêncio de há tantos anos,
Este silêncio que também Dói.
Que também dói Demais.
Mas este é também o silêncio que não Emudece nunca.
Porque nunca te deixei... Tanto...
Porque afinal, longe de todos os silêncios,
Vives, ainda Aqui.
O Escuro, o Nada.
O silêncio é o mar que não agita
em dias de tempestade.
É a luz do farol que não ilumina
em noites de calmaria.
O silêncio é um velho que sorri
num banco de um jardim.
É o barco atracado
a concha quebrada, o búzio partido...
Mas o silêncio é também
a curva fechada do meu rosto,
que ainda treme quando te tenta falar.
É também chegar a casa e já não ver
a tua mala junto à porta.
É também os três pratos em cima da mesa
e uma cadeira vazia.
É todas as fotografias que choro às escondidas e
os dez anos de solidão que me deixaste.
É também a tua bicicleta parada
no canto da nossa adega, agora suja.
É também as vindímas que já não se fazem
e as multidões que já não se recebem.
É também a cor gasta da nossa casa junto a praia.
É o teu chapéu de todos verões ainda no mesmo sítio.
É as tuas réguas e lápis paralizados
em cima da escrevaninha agora abandonada.
É também o teu perfume alterado na cómoda
onde ainda escondo os cigarros que não fumaste.
É todas as viagens que ficaram por fazer,
todas as dúvidas que ficaram por responder,
todos os amigos que ficaram por apresentar,
todas as lágrimas que ficaram por limpar
todos os sorrisos que ficaram por partilhar...
O silêncio...
Oh este silêncio!
Este silêncio de já não ver o brilho dos teus olhos,
de já não sentir os teus passos de mansinhos no corredor,
de já não ouvir a melodia da tua voz...
Essa voz que um dia, rompia todos os silêncios,
e todos os dias me dava os Bons-Dias.
Ah este silêncio! Este silêncio de há tantos anos,
Este silêncio que também Dói.
Que também dói Demais.
Mas este é também o silêncio que não Emudece nunca.
Porque nunca te deixei... Tanto...
Porque afinal, longe de todos os silêncios,
Vives, ainda Aqui.
1 Comentários:
OI
Curti este poema, ou despejo de sentimentos retalhados na memória .
O Observador do dia
http://humibios1979.spaces.live.com/
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