L Burro i l Gueiteiro.
"Ccubrir las tierras de Miranda pur aldés, caminos i stradas mouriscas de burro al sonido de la gaita". Quem já participou em edições anteriores diz que vale a pena. Para os interessados em manter as tradições e passear ao som da gaita e a cavalo de um burro (não sei porquê, mas sempre achei piada a esta expressão... aiii), clicar Aqui.
Al Berto, Caravaggio e a Poesia.
Foi há 10 anos e alguns dias (mais coisa menos coisa), que o poeta nos deixou. Víctima daquela doença ingrata chamada linfoma. Mas deixou-nos também uma data de coisas. Eternas como o Medo ou esta que a jornalista Inês Pedrosa apontou: "a poesia contém a essência do soro da verdade. (...) É de todas as formas de cultura a única que olimpicamente dispensa a cultura.(...) Os poemas são casos de pele. Quando são bons sentem-se logo. Quando são muito bons, sentem-se sempre. (...) Nenhum verdadeiro poeta escreve para se compreender (...) os verdadeiros poetas escrevem só para que as lágrimas não se gastem. Para que o amor, a solidão e a saudade nunca se resolvam. (...) foi contra estes espartilhos que nasceu a poesia, terrorismo supremo e subtil."
Frágeis, Vulneráveis e insustentavelmente Leves.
Depois da festa da música, a do cinema. Durante três dias os 9,5 euros da tarifa normal do bilhete que dá acesso à sétima arte reduz-se para o preço da bica por estas bandas, os 2 euros. Simpática a iniciativa, não?Depois de um Domingo cinéfilo (2 de seguida) e uma segunda-feira rigorosa de chuva, uma sala de cinema magnifica, que ainda não conhecia: La Pagode, um antigo salão de baile projectado pelo arquitecto Marcel em 1895, a pedido do antigo director do Bon Marché, M. Morin, ávido por oferecer qualquer coisa de bonito à mulher! Em 1930 o salão foi então transformado em sala de cinema. Fechou várias vezes para obras e voltou a reabrir em 2000. Décor magnifico a despertar-me a vista e os sentidos para Oriente. Adorei o sítio!Depois Robert Altam e Paul Thomas, com Shorts Cuts e Magnolia, Martin Valente com Fragile(s): Várias histórias, vários personagens, que se cruzam e descruzam, se iludem e desiludem, amam e desamam, atraem-se e desatraem-se, dizem-se e desdizem-se, avançam e recuam. Um realizador na pré-reforma; um neto que acabou de começar a vida e uma avó que se pergunta o que fez dela; um polícia que toca guitarra e uma mulher em coma; uma cantora rock e um filho que já calça o 31; um farmaceutico só e um cão que quer lhe ser fiel; duas amigas de férias encomendadas em Lisboa.Vida (s),
Dúvida (s),
Encontro (s),
Relação (es),
Destino (s),
um saco de Lixo (s),
sempre sempre a (s) Esperança (s) no (s) Beautiffull day (s)
Frágeis, Vulneraveis,insustentalmente Leves, sera este o nosso segredo comum?
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó.
A música saiu mais uma vez à rua, numa noite assim.. O povo também. O charme da coisa não estava em ir aos grandes concertos previstos, estava mesmo ali, logo ao virar da esquina. Mas fomos tantos que até chegou a fazer confusão. Aqui ficam alguns momentos captados de mais uma festa da música em pleno coração de Paris. Com legendas, com certeza.
Os boatos
As companheiras.
Parole, parole, parole, soltanto parole tra noi: as belas italianas.The women in orange.O magnifico sorriso da minha Vanda Maria.Ei-la a marcar presença no brinde ao Verão e às novas companheiras de quarto:E o nosso coração batia, batia...O exercício da noite.Aparentemente, parecia simples. Consistia em entrevistar e fazer-se fotografar com um parisiense giro. Isto do fotojornalismo tem muito que se lhe diga...Fizemos o melhor que conseguimos. Eis, o polémico resultado! Ohh, mas até foi divertido.
O Fim.
A lua ia alta, a fatiga era alguma, a festa acabou e fomos todos nanar.Para o ano talvez cá apanhem, ou talvez não...
Dizer o que se quer.
É verdade que quando era pequenina sonhava em ser astronauta. Mas estou feliz de ter seguido outro caminho. Este por onde ando agora. Há dias menos bons (aqueles em que parece que ando completamente perdida), mas há outros em que sinto que encontrei o que queria dizer. E para se dizer o que se quer há sempre distintas maneiras de o fazer, não é? Como a música que se faz na rua. Sinto que isto é só o principio...
O Aeroporto.
Discutir é bom e faz bem. Melhor ainda se a discussão for conjunta e em voz alta. Mas é importante que se discutam coisas importantes e num tempo concreto. Eu também acho que um aeroporto novo é bom, vai fazer bem, e é importante que se o discuta em haste pública, mas parece-me que o debate se está a prolongar demais (andamos há anos nisto) sem grandes consensus à vista. Poderá isto querer dizer que ambas as partes estão erradas?
"Todo o homem é culpado do bem que não fez"
Voltaire.
Le meilleur des fêtes populaires à Lisbonne.
(je suis déjà en retard).
Les faits ont eu lieu dans la nuit/l'aube du 12 pour le 13 Juin - Nuit de Saint Antoine.
Alors, le meilleur des fêtes populaires à Lisbonne:
L'odeur des sardines et les sardines dans le pain.
Ma copine Silvia et son copain.
La sangria et la ginja a cotè du châteaux.
La joie!Et les amies que j'ai trouvé au hasard...
La décoration des ruelles.
Les petits balles, même sans le prince charmant.
Les "petits pieds de dance"...
La folie à Bica.
Voir la ville se réveiller, en géneral.
et le thèâtre, tout au fond, en particulier.
L'année prochaine j'essayerais de revenir...
Eu tenho dois amores...
Um ano depois da criação deste espaço (blog em festa, portanto),
chegou a hora de confessar e assumir de uma vez por todas a mim mesma e mim própria e aos meus leitores:
Que eu tenho mesmo dois amores!
E efectivamente já não sei bem de qual é que eu gosto mais.
São eles:
Este e
este .
Um é de sangue e sempre.
O outro é de coração e recente...
As apresentações foram sendo feitas ao longo deste ano, diga-se...
Bom, posto isto, só tenho a dizer que não voltarei a ser fiel.
A mais bonita de Brel.
Rêver un impossible rêve
Porter le chagrin des départs
Brûler d'une possible fièvre
Partir où personne ne part
Aimer jusqu'à la déchirure
Aimer, même trop, même mal,
Tenter, sans force et sans armure,
D'atteindre l'inaccessible étoile
Telle est ma quête,
Suivre l'étoile
Peu m'importent mes chances
Peu m'importe le temps
Ou ma désespérance
Et puis lutter toujours
Sans questions ni repos
Se damner
Pour l'or d'un mot d'amour
Je ne sais si je serai ce héros
Mais mon coeur serait tranquille
Et les villes s'éclabousseraient de bleu
Parce qu'un malheureux
Brûle encore, bien qu'ayant tout brûlé
Brûle encore, même trop, même mal
Pour atteindre à s'en écarteler
Pour atteindre l'inaccessible étoile.
Jacques Brel in l'Homme de la Mancha, 1968
Decerto que todos nós, numa altura ou noutra, já idealizamos e esperamos uma estrela... a tal que nos é inacessível: que mesmo sem nos tocar, nos queima, nos faz arder em febre, nos faz partir onde ninguém quer ir, nos faz sonhar, sem forças nem armaduras, sonhos impossiveis, amar mesmo muito, mesmo muito mal... mas que ao mesmo tempo também nos ilumina e nos trilha o caminho da verdade, da nossa verdadeira busca: daquilo que somos, de onde viemos, para onde queremos ir e com quem queremos chegar... Acho que no fundo, no fundo temos todos um bocadinho de D. Quixote...
Ao desconcerto do Mundo.
Ao desconcerto do Mundo
Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.
Luís de Camões